domingo, 4 de julho de 2010

Saudade


Não consigo me lembrar da última palavra que eu te disse, só que não foi a que eu realmente queria dizer, digo ao telefone, para que você não esqueça, mas certamente dizer olhando em seus olhos daria mais veracidade aos fatos e você teria mais certeza ainda do quanto estou aqui esperando ansiosa a sua volta, guardando cada beijo que você me manda ao telefone, nos e-mails... Para cobrar quando estivermos juntos... Quero te entregar minha alma, pois meu coração você já possui, quero que entenda a importância que tem você pra mim... Não é só mais um amor de “verão”, mais uma aventura, dessa que a gente se cansa de usar como um brinquedo velho, e larga no canto, é muito acima disso, é amor de verdade, sei que todo amor vem com um rótulo de validade, e quando ela vence já era, temos que descartar, mas espero que o nosso seja completamente não perecível, que dure não para sempre, porque pra sempre é tempo demais e as coisas ficam muito gastas... Mas que dure uma eternidade...
Não quero passar meu tempo com você, pois se fosse isso era melhor eu ir ao cinema, sair para comer uma pizza ou dar uns beijos num completo desconhecido numa balada, sairia bem mais barato para o meu coração... Quero estar com você sempre que possível e às vezes nos dias impossíveis também, quero com você compartilhar meus desejos, meus planos, meus ganhos e perdas...
Sinto-me aquecida junto de você, sinto-me acolhida em seus braços, como se o mundo lá fora não tivesse a menor importância...
Sinto como se o mundo tivesse parado na última tarde de quinta-feira, como se os relógios não estivessem andando, as pessoas não estão caminhando a vida não tem ido muito à frente, desde que você saiu do meu lado, e ainda falta tanto pra você estar aqui comigo novamente, ainda falta uma eternidade contada pelo meu coração, meus olhos se fecham numa busca inútil de procurar dentro de mim aquela foto que eu deixei registrada no nosso último olhar, mas eu acho que o filme queimou juro que ainda mudo meu sistema para digital um dia...
AMO-TE
GAS

Um comentário:

Renata de Aragão Lopes disse...

"Amo-te"
lembrou-me "Os Maias",
de Eça de Queiroz.

Frase
sôfrega e repetidamente
pronunciada por Carlos Eduardo.

De arrepiar!

Beijo,
doce de lira